sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Agora vai?


por Felipe Altarugio

Aconteceu, finalmente! Ou deve acontecer, segunda-feira. Pelo menos, é o que se pode deduzir a partir do time que fez o treinamento deste sábado. Mano Menezes deve, enfim, desistir de seus três atacantes. Ainda que argumentem que Ronaldinho deva atuar mais à frente, não há como negar que o Gaúcho desempenhará também um importante papel na armação do Brasil.

Desde o início da ‘Era Mano’, será o esquema mais próximo ao tradicional 4-4-2, com dois armadores e dois atacantes. E melhor: um centroavante de ofício. Teria Mano descoberto o fogo? Óbvio que não. Apenas deixou de ser teimoso. Leandro Damião e Neymar serão municiados por Ganso e Ronaldinho.

Na defesa, a manutenção de Julio Cesar, questionado. Daniel Alves, que colecionou péssimas atuações na Copa América, é o titular na lateral direita. Maicon, meu favorito à vaga, segue se recuperando de cirurgia no joelho direito. A zaga tem Lúcio e Thiago Silva. Marcelo, retornando à Seleção, completa o setor defensivo da equipe.

Lucas Leiva também segue como titular. Junto com Fernandinho, que deve ser um pouco recuado, formará a dupla de volantes.

Melhor. Mas ainda longe da perfeição. Lucas Leiva nunca foi, e hoje em dia é menos ainda, jogador de Seleção Brasileira. É um ‘Felipe Melo com menos cara de mau’ (mas nem por isso melhor), eu diria. Erra demais nos passes e na distribuição de jogadas, não ataca bem e comete um número exagerado de faltas. Ralf merece mais oportunidades, e deve ser titular da equipe. Temos também um Willians em grande fase no Flamengo e um promissor Fernando no Grêmio.

Para a posição de segundo volante, sobram opções. Desde o ‘sumido’ Jucilei, hoje na fria Rússia, até o ‘injustiçado’ Hernanes. Mas, por ora, vale a aposta em Fernandinho, embora sua presença deixe a equipe bastante ofensiva.

Estamos longe do céu, mas pelo menos Mano está começando a abandonar sua teimosia. Pelo menos, assim espero. Antes aclamado, o treinador da Seleção Brasileira tenta sair do inferno astral, e a Seleção de Gana parece a oportunidade perfeita. Maus resultados nos próximos amistosos, porém, podem colocar o cargo de Mano em xeque. E vale lembrar a polêmica envolvendo Felipão e Palmeiras.  Abrir a cabeça é importante nos dias atuais. E Mano deve começar a fazê-lo antes que corra o risco de perdê-la. 

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