quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Juiz "cai cai" na Série D



Famosos "cai cais" brasileiros (Fonte: estadao.com.br/ ig.com.br)

Desço um degrau nas divisões do futebol nacional e falo hoje de Série D. Outro campeonato em crise? Depende do ponto de vista. Não, por enquanto não houve suspeita de manipulação de resultados, se é isso que você quer saber. A  divisão mais baixa do futebol brasileiro, porém,  abriga desde a falta de apoio aos times a precárias condições, seja no campo ou fora dele. 

O campeonato chega a ser quase utópico:  nesta terceira edição, os 40 times se ajeitam como podem - divididos entre oito grupos na primeira fase -, unidos pelo sonho de chegar à elite do futebol nacional. Vão para as oitavas (segunda fase) os dois primeiros colocados de cada grupo, e aí vale qualquer sacrifício para sair do buraco. 

Mas hoje não é para o Campeonato meu destaque. E sim para um lance bastante "curioso" e pouco peculiar. O jogo em foco é Operário- PR 3 x 0 Mirassol-SP, ocorrido em Ponta Grossa-PR no dia 18, partida válida pela última rodada da primeira fase.

Após levar cartão vermelho por pedir o amarelo para o adversário na jogada anterior, o jogador do Operário (camisa 6), George Santos, dirige-se ao juiz gritando, bastante irritado com a expulsão. Os dois rostos parecem se tocar num momento, de leve. O árbitro do jogo, o carioca Rodrigo Nunes de Sá, leva então as mãos ao rosto e despenca no gramado. Auxiliares e policiais entram logo depois para apartar o rebuliço. 



Foi esta a cena da vez. "Juiz finge ser atingido por um soco e se joga o chão". "Após discussão com jogador, juiz aparenta simulação e cai em campo". As manchetes chegam até ser divertidas. Inusitado? Talvez. O fato é que a onda de "cai cais" parece se espalhar cada vez mais pelos gramados brasileiros. Até juiz entrou na brincadeira. 

Na súmula, o árbitro relata ter sido atingido de raspão na testa (Fonte: globoesporte.com)

Neymar, Valdívia e Herrera são exemplos de que essa moda cai cai pega. Ou melhor, exemplos que essa fama pega. São jogadores hoje marcados pela arbitragem, e que se um dia realmente forem ao chão por lesão, serão pouco levados a sério. Difícil chegar a um consenso sobre a melhor maneira de se punir as simulações. Há casos e casos. O que não se pode permitir é essa onda de cai-cais ofuscar a expressividade do futebol nacional. 





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