domingo, 23 de outubro de 2011

O décimo segundo em campo



O que seria dos times de futebol sem torcida? Onze homens em campo, um treinador, uma bola e um objetivo. Mas sem o uníssono grito."GOL". Sem a vaia, sem o xingo, sem o canto, sem as palmas.

Minha vontade é de dedicar esse texto à minha torcida. Quando ouço a palavra, me vem à mente 30 milhões de pessoas, unidas por uma só paixão. FIEL torcida corintiana. Funciona quase como sinônimo, acaba sendo até redundante.  

Quem sabe em outra oportunidade. Hoje quero exaltar não só o bando de loucos como todos os outros que projetam no futebol e no seu time a maior das alegrias e tristezas; que os têm como maior paixão e glória. 

Exemplifico citando os acessos do Santa Cruz à Série C e da Portuguesa à Série A. No dia 16, o Estádio do Arruda assistiu ao empate que garantiu a Cobra Coral na Terceirona de 2012. Com ele,   59.966 torcedores abrigados viram o empate dramático de 0 a 0 com o Treze, da Paraíba, pelas quartas de final do campeonato. No jogo de ida, em Campina Grande, o Terror do Nordeste perdia de 3 a 1 e conseguiu o empate.

(Foto:globoesporte.com) 
Campeão pernambucano de 2011 após seis anos de jejum, e atingindo a melhor média de público no estadual, o Santa renasce com a conquista do acesso. Desde 2006, foram três rebaixamentos na conta, além de disputar as duas primeiras edições da Série D - 2009 e 2010 – sem subir.

“60.000 aficionados presencian el ascenso... ¡de un equipo a Tercera división!” Foi até destaque do jornal esportivo espanhol, o Marca, no dia 17, em sua página da internet. “Es lo bonito del fútbol.”. O periódico enaltece a presença dos torcedores e o sofrimento do “modesto clube brasileiro” nos últimos anos. Lembra também de Rivaldo, que passou pelo tricolor pernambucano entre 91 e 92. 

Ontem, foi a vez da Lusa assegurar sua vaga. Mas na elite do futebol brasileiro. De virada, venceu o Americana por 3 a 2, pela 32ª rodada do campeonato. Os jogadores reconheceram que a torcida teve papel fundamental na ótima campanha da Barcelusa: "É muito bom fazer com que o torcedor volte a ter orgulho de vestir a camisa da Portuguesa”.


(Foto: terra.com.br)

É esse orgulho que nos faz torcedores. Que nos faz, mesmo rebaixado, mesmo humilhado, mesmo estraçalhado, berrar, empurrar, incentivar. Sem nada em troca, a não ser a alegria de honrar esta camisa e pertencer a uma nação só nossa. E é o futebol brasileiro quem agradece.

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