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Marcelo fez boa partida contra o México e deu sinais de que acabaram-se os problemas na lateral-esquerda (Foto: Yahoo) |
Capítulo
2: México
Agora
o jogo era diferente, adversário mais forte. Time com força máxima. Esperanças,
no entanto, faltavam. A seleção não fez jogos consistentes, não mostrou ser
forte, nem ao menos preparada para enfrentar grandes seleções. O melhor jogo
foi contra a própria Argentina, quando os hermanos não
contaram com Messi, Agüero, Di Maria, Higuain, ou nenhum de seus craques que
atuam no futebol europeu.
Tudo
bem, expectativas nulas, time desacreditado (por alguns, diga-se de passagem).
Tanto que nem assisti os minutos iniciais. Não vi David Luiz desviar a bola
contra o gol do próprio Jefferson. No primeiro tempo que vi, Hulk tentava,
Neymar quase empatou, o time até jogava bem. Aí, aos 45 minutos, Daniel Alves
disse, lembrando o narrador Milton Leite: “Hoje eu se consagro!”. Ele fez falta
em Chicharito dentro da área (vale ressaltar que o atacante do Manchester
United nem alcançaria a bola, que já estava nas mãos
de Jefferson), recebeu o seu segundo amarelo e foi expulso. Pronto, agora,
todo um trabalho estava sendo jogado ralo abaixo. Isso era o que eu pensava até
Jefferson defender o pênalti. Esperanças para o segundo tempo, corrente de
pensamentos positivos...
Não
adiantou, o começo foi fraco. Por mais que o Brasil tentasse, a falta de um jogador
impedia que o time fosse perigoso como no primeiro tempo. No entanto, a seleção tentava. Tanto tentou que, ao pressionar a saída de bola dos mexicanos, Neymar
sofreu falta próxima à área do goleiro Sánchez. A torcida clamava por
Ronaldinho. Cento e oitenta milhões de brasileiros esperaram quatro anos por
aquele momento. Até que, em cobrança de falta, o camisa 10 do Brasil quebrou o
jejum de gols pela seleção e empatou o jogo.
Cinco
minutos depois, aos 38 do segundo tempo, Marcelo mostrou que não restam mais
dúvidas sobre o dono da camisa 6. O lateral do Real Madrid arrancou pela
esquerda, tabelou, fintou, invadiu a área e soltou o pé, sem chances para o
goleiro mexicano. Foi na base da garra, determinação. Foi suado.
A
seleção deu susto, mas mostrou que não tira o pé. Mostrou que não desiste da
partida. Mostrou o espírito guerreiro. Muitos podem falar que estou sendo
otimista demais. Afinal, o adversário era o México, não a Espanha, ou Alemanha,
ou a própria Argentina. Mas, eu posso dizer. Esse jogo foi o que eu tive mais
orgulho de dizer: “Aqui é Brasil!”
@Gabriel_gch
@Gabriel_gch
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