domingo, 16 de outubro de 2011

Seleção Brasileira: o amistoso contra o México


Marcelo fez boa partida contra o México e deu sinais de que acabaram-se os problemas na lateral-esquerda
(Foto: Yahoo)
Capítulo 2: México

Agora o jogo era diferente, adversário mais forte. Time com força máxima. Esperanças, no entanto, faltavam. A seleção não fez jogos consistentes, não mostrou ser forte, nem ao menos preparada para enfrentar grandes seleções. O melhor jogo foi contra a própria Argentina, quando os hermanos não contaram com Messi, Agüero, Di Maria, Higuain, ou nenhum de seus craques que atuam no futebol europeu.

Tudo bem, expectativas nulas, time desacreditado (por alguns, diga-se de passagem). Tanto que nem assisti os minutos iniciais. Não vi David Luiz desviar a bola contra o gol do próprio Jefferson. No primeiro tempo que vi, Hulk tentava, Neymar quase empatou, o time até jogava bem. Aí, aos 45 minutos, Daniel Alves disse, lembrando o narrador Milton Leite: “Hoje eu se consagro!”. Ele fez falta em Chicharito dentro da área (vale ressaltar que o atacante do Manchester United nem alcançaria a bola, que já estava nas mãos de Jefferson), recebeu o seu segundo amarelo e foi expulso. Pronto, agora, todo um trabalho estava sendo jogado ralo abaixo. Isso era o que eu pensava até Jefferson defender o pênalti. Esperanças para o segundo tempo, corrente de pensamentos positivos...

Não adiantou, o começo foi fraco. Por mais que o Brasil tentasse, a falta de um jogador impedia que o time fosse perigoso como no primeiro tempo. No entanto, a seleção tentava. Tanto tentou que, ao pressionar a saída de bola dos mexicanos, Neymar sofreu falta próxima à área do goleiro Sánchez. A torcida clamava por Ronaldinho. Cento e oitenta milhões de brasileiros esperaram quatro anos por aquele momento. Até que, em cobrança de falta, o camisa 10 do Brasil quebrou o jejum de gols pela seleção e empatou o jogo.

Cinco minutos depois, aos 38 do segundo tempo, Marcelo mostrou que não restam mais dúvidas sobre o dono da camisa 6. O lateral do Real Madrid arrancou pela esquerda, tabelou, fintou, invadiu a área e soltou o pé, sem chances para o goleiro mexicano. Foi na base da garra, determinação. Foi suado.
A seleção deu susto, mas mostrou que não tira o pé. Mostrou que não desiste da partida. Mostrou o espírito guerreiro. Muitos podem falar que estou sendo otimista demais. Afinal, o adversário era o México, não a Espanha, ou Alemanha, ou a própria Argentina. Mas, eu posso dizer. Esse jogo foi o que eu tive mais orgulho de dizer: “Aqui é Brasil!”


@Gabriel_gch

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