sábado, 15 de outubro de 2011

Seleção Brasileira: o amistoso contra a Costa Rica


Capítulo 1: Costa Rica

Ronaldinho jogou muito contra a Costa Rica: 90 minutos (Foto:  Mowa Press)
Bom, voltando muito tempo atrás, me lembro de uma sexta-feira. Dia tedioso, nada para fazer, já que meus conterrâneos ainda não haviam voltado para a bela Ibitinga. Lá estava eu, à toa, mexendo em meu computador (que ainda funcionava), quando me lembrei: hoje tem seleção! Brasil e Costa Rica, adversário perfeito para uma goleada. Não havia outra possibilidade na minha cabeça: na pior das hipóteses, show de Neymar e Gaúcho para delírio da torcida brasileira. Mal sabia eu a surpresa que estava por vir.

Quando faltavam 15 minutos para as 11 horas da noite, decidi ir assistir ao jogo. Fui até a cozinha e voltei com um pacote de bolacha e um copo de coca. Sentei-me de frente para a televisão assim que a partida começou. Quando colocava o primeiro biscoito em minha boca, eis que tenho o primeiro susto: o centroavante era Fred. Alguns me criticarão por essa aversão ao camisa nove do Fluminense, mas simplesmente não consigo gostar dele como jogador. Mas tudo bem, quase queimo minha língua quando o mesmo Fred teve grande chance de abrir o placar, mas a bola passou rente ao travessão. Senti que aquele jogo seria bom, o ataque brilharia e tudo mais que já disse.

Foi só eu me sentir um pouco confiante que o time do Brasil decidiu destruir minhas expectativas. Acho que só no primeiro tempo, os zagueiros David Luiz e Thiago Silva tocaram mais vezes na bola do que em qualquer outro jogo, ou melhor, do que em todos os outros jogos. E, por causa desse toque de bola cansativo, o sono veio e começou a ameaçar o restante da partida. Na escalação, o meia era Ronaldinho: ele deveria voltar para buscar a bola e levá-la ao ataque. Cabia ao meia do Flamengo a função de ligar a defesa ao ataque. Dividiam a responsabilidade com ele o meia Lucas e Neymar. O primeiro pouco apareceu enquanto esteve em campo. Já o segundo até tentava dar opções, mas era sempre bem marcado, seja na base do desarme, seja na base faltas.

Voltando à minha história, eu via os volantes Ralf e Luiz Gustavo pouco fazer no primeiro tempo. Os laterais Adriano e Fábio pouco apareceram: o segundo até arriscou algumas arrancadas pela direita, mas nenhuma que levou perigo à defesa da Costa Rica. A distribuição tática da equipe de Mano Menezes era horrível: havia um buraco no meio-campo, fato que levava a dupla de zaga a ficar trocando passes sonolentos e às vezes arriscar um lançamento longo que quase nunca dava em nada. A atuação de Ronaldinho no primeiro tempo é para se esquecer. Acabaram os 45 minutos iniciais e meus olhos, que já pouco se abrem devido aos meus traços orientais, estavam quase se fechando e já pediam trégua. Voltei ao meu querido computador, olhei o Facebook etc. Quando olhei no relógio, já estava na hora do segundo tempo começar, e eu ainda nem havia recarregado meu estoque de bolacha e coca. Fui à cozinha, e quando voltei, Oscar e Hernanes haviam entrado na equipe. No entanto, não sabia quem havia saído. Notei que há algum tempo o nome Ronaldinho não era citado. Logo, achei que ele havia saído do jogo. Meu engano: lá estava ele plantado na ponta esquerda!

O que me lembro a partir daí é: zzz... David Luiz toca pra Thiago Silva... zzz... Adriano, volta para David Luiz... zzz... Ronaldinho perde a bola... zzz... Neymar sofre a falta... zzz... GOOOOLLL!!!

Acordei com o narrador gritando. Daniel Alves, que entrou no lugar de Fábio, cruzou da direita, Fred furou e Neymar aproveitou. Oitavo gol do camisa 11 da seleção na era Mano Menezes. Já que estava acordado agora, decidi acompanhar o jogo. Menti para mim mesmo: o restante do segundo tempo foi igual: zzz... Fred não domina... zzz... Hulk entra no lugar de Neymar... zzz... Ronaldinho perde a bola... zzz... Thiago Silva tenta a ligação direta... zzz... FIM DE JOGO!

Acordei de novo, sem a mínima vontade de sair do sofá e ir para minha cama para dormir. Levantei-me, fui até meu quarto e dormi fácil depois de um jogo ridículo, sonolento. Vi um time sem meio-campo, sem centroavante, sem laterais. Bom, se os craques de fato foram para o jogo, acho que ficaram na reserva e nem entraram em campo.

Continua...

E, para um jogo fraco como foi, o texto até ficou um pouco grande. Tanto que deixarei para falar do segundo capítulo, o jogo contra o México, para amanhã. Portanto, aproveite seu domingo de descanso e veja como foi a partida contra o México.

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