por Wagner Alves
Foto: oscar.com |
Tragédia de uns, romance de outros, personagens que
surgiram, outros que saíram, e muito, mas muito drama. Ingredientes perfeitos
para um filme digno de Oscar e, de fato, o Brasileiro desse ano teve enredo de
invejar Hollywood.
“Era uma vez na América”, mais precisamente na “Central do
Brasil”, lá “Onde os Fracos não têm Vez”, os times brasileiros disputaram um
verdadeiro “Clube da Luta”. Ao melhor estilo “Efeito Borboleta”, logo no
primeiro turno, sabiam que um deslize aqui e acolá poderia ser decisivo lá na
frente para conquistar a Dona Taça, uma “Noiva em Fuga”.
O ano foi memorável não somente dentro das quatro linhas,
mas fora delas. O menino Neymar, mago da bola, cobiçado lá fora, mostrou que “A Felicidade não se Compra” e foi “O Homem que não Vendeu sua Alma” nem “Por um Punhado de Dólares”. E que punhado.
No âmbito político, outro fato digno de longa metragem. “O Poderoso Chefão”, seo Ricardo Texeira, quer fazer uma festa tal qual “American Pie” em uma Copa do Mundo que considera quase sua. Nessa “Rede de Intrigas”,
entra “O Poderoso Chefão 2”, seo Ronaldo Nazário de Lima, um até então jedi
que não mostrava simpatia pelo lado negro da força.
Mas a verdadeira guerra de estrelas aconteceu dentro de
campo. Durante o campeonato, jogadores figuraram “Deus e o Diabo na Terra do
Sol”. Teve quem simulasse falta usando o punho do adversário. Teve quem
entrasse com pé alto, “A Sangre Frio”.
Todos os times cobiçavam uma vaga no “Quarteto Fantástico”
do topo da tabela, o qual leva à Libertadores. A Sulamericana, renegada,
deixada a um quanto, sofrendo em um “Esqueceram de Mim”, foi só lembrada no
final da história.
Mas no meio do drama, um personagem ficou “A um Passo da Eternidade”. Ricardo Gomes ruiu em campo, em uma cena típica de Alfred Hitchcock.
Mas, nos últimos momentos do longa hollywoodiano, o técnico vascaíno se mostrou “Superman
– o Retorno”.
Um personagem especial deu adeus aos espectadores. O doutor
Sócrates deu um “Bye Bye Brasil” e pegou o “Caminho das Nuvens”. Para levar
Sócrates, em momento de Copa no Brasil, “Os Deuses Devem Estar Loucos”.
Na lanterninha da tabela, vulga “Cidade Baixa”, descobriram
que “O Mundo não Perdoa”. “Na Última Sessão de cinema”, viveram um “Dia de Cão”
do rebaixamento, verdadeiros “Náufragos”. Os mineiros Galo e Raposa ficaram à beira do precipício. Ficaram “Sem Floresta”.
Corinthians, protagonista do filme
Foto: r7.com
|
O final feliz teve seus momentos de drama, muito drama. A
pergunta “Quem vai Ficar com Ela?” só foi respondida aos 45 minutos do segundo tempo,
na apresentação dos créditos. Na penúltima rodada, em uma tarde de domingo, “O Dia em que a Terra Parou”, o Corinthians se viu mais perto da taça, “Uma Mulher
para Dois”.
“À Espera de um Milagre”, o Vasco precisava da vitória e da derrota ao mesmo tempo; uma sua, a outra do adversário. Mas “Alguém tem que Ceder”, e os corintianos ergueram “Punhos de Campeão”. Uma produção brasileira, digna de Oscar, que vai ficar na
memória.
Obs: Os santistas rumam para o outro lado do planeta começar
uma nova história. “Era uma vez no Japão”.
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