segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mundial de (dois) Clubes


Maracanã, 22 de julho de 1951. Após uma vitória e um empate com a Juventus da Itália, o Palmeiras é campeão da Copa Rio, competição de abrangência mundial. No mesmo palco, em 14 de janeiro de 2000, um empate sem gols leva a decisão para os pênaltis, o Corinthians vence o Vasco por 4x3 e conquista o Mundial de Clubes organizado pela FIFA.

Por isso, tanto a Sociedade Esportiva quanto o Sport Club Paulista se consideram os primeiros campeões mundiais. Suas torcidas enaltecem as próprias conquistas e minimizam as alheias, "puxando a sardinha" para o lado mais conveniente. Mas, independente de tal discussão, o campeonato foi reformulado em 2005.

Seu formato atual - diferente da edição de 2000, na qual a primeira fase era dividida em dois grupos - é disputado todo em mata-mata, mas com a entrada de cada clube na competição em fases diferentes. Os vencedores da América do Sul e Europa, por exemplo, começam a disputa já na semifinal, enquanto o vencedor da Oceania e o representante do país sede disputam entre si uma vaga nas quartas de final, precisando vencer o dobro de jogos para conquistar o título.

As outras três vagas nas quartas de final ficam com os campeões da CONCACAF, da África e da Ásia. Caso o classificado do país sede seja campeão continental, a vaga fica com o vice, para evitar a presença de dois clubes do mesmo país - assim como aconteceu em 2000. O país sede de 2005 a 2008 foi o Japão. Os Emirados Árabes receberam as partidas em 2009 e 2010, mas decepcionaram. Por isso, este ano elas retornam à Terra do Sol Nascente.

Fonte: Folha de S. Paulo

Em 2011, temos um representante na busca pelo que seria o terceiro título da equipe e do país no novo formato, depois de São Paulo em 2005 e Internacional em 2006. Para isso, o Santos terá que passar pelo japonês Kashiwa Reysol e muito provavelmente por um tal de Barcelona. Tarefa com certeza mais difícil do que montar um bom sushi, mesmo jogando na terra do peixe.

Do outro lado, se os espanhóis quiserem repetir o feito de 2009 - quando foram campeões sobre o Estudiantes - e não o de 2006 - quando perderam para o Internacional - precisam vencer o modesto Al Sadd, do Qatar, e quem sabe a equipe da Vila Belmiro. Convenhamos: a tarefa parece bem mais fácil para eles.

Se antes o Mundial era de dois times - Palmeiras e Corinthians - brigando por marcas históricas, hoje ele é de dois pela preferência que se dá aos campeões de Libertadores e Champions League. O confronto entre estes - estimulado por um formato relativamente mais fácil - é o que geralmente ocorre. Claro, quando não aparece um ou outro Mazembe pelo caminho.

A primeira semifinal acontece quarta-feira, entre Santos e Kashiwa. Na quinta-feira, o Barcelona entra em campo já sabendo seu possível adversário na final, se é que isso muda alguma coisa. Os dois jogos serão às 8h30, no horário de Brasília. Seja para ver uma zebra ou um massacre, vale a pena acordar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário