domingo, 12 de fevereiro de 2012

Que venha





O time que entra em campo hoje no clássico conta, obviamente, com certas mudanças. Preocupado com as condições físicas dos titulares para a grande estreia de quarta, o professor Tite poupará Alex, Émerson e Liedson. Willian, Jorge Henrique e Élton ganham chance no ataque, e Alessandro e Chicão, que não jogaram no meio de semana, voltam nas vagas de Welder e Wallace.    

Pois é, o Corinthians não entra com 'cabeça' e força total. Mas clássico é clássico, sem ou com time titular, estreando ou não quarta-feira. Como Tite, acredito que uma sequência de bons jogos no Paulista possa interferir positivamente na atuação do time na Libertadores, mesmo que muitos titulares sejam poupados nessas partidas. Pode. A dependência, porém, deve ser mínima, e aparece como resultado do futebol e do 'psicológico' apresentados em campo e fora dele.

Para alguns corintianos, cujo sonho da Libertadores virou há muito tempo pesadelo, o clássico não terá 'aquela' importância, costumeira de um Corinthians x São Paulo. Difícil pensar em outra coisa senão no jogo do dia 15. Mais difícil ainda é pensar nos jogos do dia 7, 14, 21, 11, 18... Aí o negócio realmente complica. O vazio da ausência insistente da Taça Libertadores na sala de troféus é presente e alvo de piada para os rivais, tirando o sono de muita gente. O que não é o meu caso. Não precisamos ser sofredores por antecipação se já somos por tradição.     

É claro que o receio é grande. Evidente que o trauma existe, não me iludo. Quatro de maio de 2006, Pacaembu, River Plate. Não precisa dizer mais nada... ou precisa? Três anos antes a mesma coisa se repetia. E foram os argentinos que passaram para as quartas mais uma vez. Nem Nilmar nem Tevez resolveram, e foi Coelho quem fez, contra. O terceiro gol do River colocou o alambrado do Pacaembu abaixo, pondo fim ao jogo, ao sonho, e àquela noite fria de quinta-feira.  

E em pensar como eu quase quebrei o chão de tanto pular quando o inesquecível Marinho meteu aquele gol de cabeça aos 46, empatando tudo e eliminando aqueles argentinos da Sul-Americana. Conquistada a vingança por 2003? Que nada. Um ano depois e os caras tiram o Corinthians de novo dessa tal de Libertadores. No futebol, vingança é doce enquanto dura. Eterna, jamais. 

Dois mil e dez era o ano. Ano de centenário, e por que não, ano de finalmente levar a Libertadores. Mano fez a melhor campanha da primeira fase para cair diante do Flamengo. O time falhou, mergulhando mais fundo no pesadelo. 

E por fim, para a alegria dos piadistas, a participação do Corinthians na Libertadores do ano passado não passou da primeira fase. A inesperada derrota para o Tolima feriu até os mais céticos corintianos. 

Será 2012 o ano em que conquistaremos a Libertadores, ou o mundo acabará antes disso? A 'missão impossível’ começa na quarta, contra o Deportivo Táchira. Já o prazo de entrega, ninguém sabe. Que venha a Libertadores. Se eu quero a maior e mais cobiçada competição de futebol entre clubes da América? Claro que sim, quem não? Não deixarei, porém, de torcer pelo meu time só por não ter ela estampada em uma longa lista de títulos. Corinthians é Corinthians, com uma, ou nenhuma Libertadores. 

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