quarta-feira, 30 de maio de 2012

Grande certeza



O tempo acabava, e a certeza do fim, mais próxima. Mesmo com aquela chance mínima de manter-se vivo, os últimos minutos corridos não deixavam de sinalizar com convicção o final. Mais uma vez, não!... 
E então ela pregou-lhe uma peça. Ela, a certeza, claro! O fim? Este, estava só no começo.

Como gosta de importunar a certeza. Para quem torce resta confiar ou duvidar. Confiança para aqueles que a aceitaram, já desacreditados ou otimistas em seu bom juízo. Dúvida para os céticos ou supersticiosos, perfis contraditórios mas em nada excludentes entre si, uma vez inseridos num âmbito futebolístico. Mesmo sendo esta uma constatação que exige maiores e profundas explanações, faço-a tomando-me como exemplo. Pergunto: “Por que não se pode acreditar na suspeita de uma virada, por exemplo, ou duvidar da crendice de uma vitória?”

Entre a vitória ou derrota, a ilusão da certeza perambula pelo gramado, tanto como o auxílio como para o malefício. Ou ela se vangloria e toma conta de tudo e de todos para depois cair em desgraça, ou preocupa e assombra muitos coitados para mais tarde converter-se num alívio geral.

Se transformarmos em palavras tudo que se pensa e sente durante estes noventa minutos... É uma quantidade inesgotável de sensações e ideias que saltam à mente, ao coração. Confuso, intrigante, perturbador.  
Se colocarmos no papel todo o grito, todo desespero, toda a vontade, negritada, preta, forte. Insistente essa quase certeza. Será?

Bem que dizem ser o futebol uma caixa de surpresas. É uma premissa tão comum como aquela que afirma a enorme popularidade desse esporte no mundo. Essa sim é uma grande certeza. 

"E então ela pregou-lhe uma peça. Ela, a certeza, claro! O fim? Este, estava só no começo.”  (Foto: gazetaesportiva.net)





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