Galo conquista sétima vitória em nove rodadas do Brasileirão (Foto: Cristiano Andujar/Lancepress!) |
O detalhe é que, não só para surpresas como o bom desempenho do Atlético no Brasileiro como para qualquer clube habituado a conquistas rotineiras, um décimo quinto colocado pode agir como carrasco durante um intervalo de noventa minutos. Foi assim que, ao fim do primeiro tempo, o Figueirense virou o jogo com gols de Anderson Conceição e Júlio César – uma ameaça ao futebol consistente apresentado pelo Galo neste início de campeonato.
Aos 14 minutos da etapa complementar, o time catarinense ainda ampliou a vantagem com gol de Rony. Não é assim tão simples reverter um 3 a 1 fora de casa. Torcedores, jogadores e até mesmo Cuca sabiam disso. Mesmo assim, a força do enxuto plantel do time mineiro veio à tona e uma surpreendente virada foi aplicada sobre o Figueirense. Gaúcho (não consigo assimilar o R49) ainda deu a assistência que resultou no gol de Leonardo Silva para diminuir a diferença no placar.
O empate veio apenas seis minutos depois, com gol de cabeça do meia Bernard, uma grata revelação da base atleticana. Com a partida incendiada, sobraram as garras para buscar a virada. Guilherme, reserva que poderia ser titular de qualquer time, entrou em campo no segundo tempo depois de dois meses de recuperação e selou a virada com um golaço. Foi o quarto gol atleticano e o último da partida.
Prognóstico de arquibancada
O Atlético-MG não liderava o Brasileirão desde 2009. Na época, sob o comando de Celso Roth, o Galo experimentou a ponta da tabela, mas sofreu uma brusca queda de rendimento e terminou o campeonato na sétima colocação.
A diferença é que, pela primeira vez depois de 2001, quando o time que chegou à semifinal e deixou a vaga na decisão escapar para o São Caetano – que acabou vice-campeão –, o Galo construiu um grupo eficiente e capaz de brigar pelas primeiras colocações. Cuca faz um grande trabalho e, com respaldo da diretoria do clube, tem em suas mãos um elenco interessante, com bons reservas e confiança suficiente para seguir bem no campeonato. A segurança de Pierre e os desempenhos satisfatórios de Ronaldinho, Danilinho e, pasmem, Jô, são armas importantes para segurar a liderança.
Apesar da experiência de Rafael Marques e da habilidade de Réver, agora contundido, a defesa talvez seja o ponto fraco do Atlético. É por isso que, desacostumados a figurar entre os primeiros do país, os atleticanos podem sofrer com o clímax da competição, em que as limitações de todas as equipes são postas à prova.
Talvez o Fluminense, grande candidato ao título, ou o Vasco, que tem um elenco forte e conquistou uma Copa do Brasil e o vice-campeonato do Brasileiro no ano passado, despontem na reta final e ofusquem o sonho do Galo, que pode se contentar com uma vaga na Libertadores e encarar a fase como uma reascenção após tantos anos como figurante.
@mandiml
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