domingo, 1 de julho de 2012

Tudo novo, mas nada de novo


A grande decisão da Euro 2012 foi disputada hoje, em Kiev, capital da Ucrânia. A goleada da campeã Espanha sobre a Itália por 4x0 foi o ponto final do torneio, que teve um fim igual ao da edição anterior, mas com o meio recheado de novidades.

David Silva abriu a porteira italiana em Kiev
(Foto: cosmo.com.br)

O primeiro fato inédito ocorrido nesta edição da Euro foi um bicampeonato. Nunca uma seleção havia conquistado duas Eurocopas em sequência, e os espanhóis conseguiram quebrar esse tabu. O bi também tornou a Espanha a maior vencedora do torneio, ao lado da Alemanha, com três canecos (o primeiro triunfo da Fúria foi em 1964).

Graças à Espanha, também, a até então maior goleada em finais de Euro foi superada. O 3x0 da Alemanha Ocidental sobre a União Soviética, em 1972, ficou pra trás depois do 4x0 dos espanhóis sobre os italianos. Aliás, a vitória da Roja na final também foi a maior goleada da Euro 2012, ao lado do 4x0 da própria Espanha contra a Irlanda na primeira fase (veja no vídeo abaixo).



Outra novidade foi o número de artilheiros da competição: seis. É o maior da história da Euro. Mario Balotelli (Itália), Alan Dzagoev (Rússia), Mario Mandzukic (Croácia), Cristiano Ronaldo (Portugal),  Mario Gomez (Alemanha) e Fernando Torres (Espanha) fizeram três gols cada e dividiram a artilharia da Euro 2012. E eu também acho que nunca teve tanto Mario entre os matadores.

Já uma frustração tomou conta dos torcedores das seleções anfitriãs. Pela segunda vez consecutiva, nenhum país-sede conseguiu passar da primeira fase da Euro. Em 2008, Áustria e Suíça foram eliminados na primeira fase. Este ano, foi a vez de Polônia e Ucrânia darem adeus à competição precocemente. Antes de 2008, isso nunca tinha acontecido (em 2000, a Bélgica era país-sede e não avançou da fase de grupos, mas a outra seleção anfitriã, a Holanda, chegou às semifinais).

Mesmo com tantas novidades, o título dos espanhóis não foi surpresa pra ninguém. Depois de levantar as taças da Euro 2008 e da Copa do Mundo de 2010, a seleção de Xavi, Iniesta e companhia manteve seu futebol envolvente, de toque de bola, que também já era conhecido. E foi com o jeito de jogar já "manjado" e com jogadores que todos sabem como e por onde atuam que a Fúria fez história na Euro. E alguém duvida que esse time da Espanha ainda pode quebrar mais tabus nas próximas edições da Euro?

Foto: euronews.com

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