terça-feira, 14 de agosto de 2012

De lua






Uma premissa tão factual quanto àquela de o futebol ser uma caixinha de surpresa é a que diz ser o futebol constituído de fases. Não são estas etapas básicas e práticas do jogo, mas sim variações de desempenho que são inerentes ao jogador de futebol, como em qualquer outra profissão. De temporada para temporada, campeonato para campeonato ou de um jogo para o outro: pode ser - e acredito que seja - clichê, mas é também uma verdade.

Deve ser por isso que nos permitimos aguardar aquela vingança depois de uma goleada massacrante. Aguardamos uma temporada inteira se for preciso, mas o dia da revanche sempre vem.

É, a boa e a má fase não duram para sempre. Nem para jogador, nem para o time. Seja por fatores específicos ou gerais, é normal - e até bom - que isso aconteça. Veja os paulistas no Brasileiro: juntos, fazem sua pior média na história no formato de pontos corridos. Enquanto os 'mineiros atleticanos' têm sua maior campanha da história dos pontos corridos.

Entre exemplos recentes e um tanto aleatórios estão a crise do Corinthians de 2007 - depois da saída da MSI - que acabou no rebaixamento do time para a Série B, inesquecível não só para os que têm o escudo corintiano no peito. E o atual Santos, que ocupa a décima quarta colocação com 17 pontos não vê sombra do idolatrado Santos de 2010/11 que ressurgiu com o bom e velho 'jeito brasileiro de jogar' atuado pelos Meninos da Vila.

Três dos grandes paulistas - Corinthians, Palmeiras e Santos - iniciaram o ano bem e terminaram o primeiro semestre com títulos, o que pode justificar a dificuldade de deslanchar na competição. Outros agradecem: afinal, é de períodos infelizes e turbulentos alheios que se vangloriam e assim aproveitam os rivais. Ficha eternamente repetida no futebol. Assim como a inconstância de uns e a estabilidade de outros. E vice-versa. É tudo questão de fase.

@Mariatebet

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