Fascínio, dedicação, raça e persistência. Principais ingredientes de uma receita a qual o mundo se rende, hoje, com incrível prazer e encanto. Muitos e muitos anos para alcançar tais proporções em um mundo dominado por brasileiros, é fato. E não é para menos, afinal, o Brasil construiu e difundiu, com primazia, a imagem do Futebol no mundo, com jogadores que dispensam qualquer tipo de apresentação. Atletas que nos fizeram e fazem, com orgulho desmedido, de quatro em quatro anos, bater as mãos no peito e vociferar: "Somos brasileiros com muito amor". Mas seria narcisismo exaltar , mais ainda, os feitos do Brasil para o futebol. Eles são o que são porque existem, utilizando da mais complexa filosofia. Não precisamos louvar Pelé e Garrincha, por exemplos. Eles falam por si, com o futebol de mais alto nível que apresentaram. Mas remeto ao leitor um outro panorama. Situação que decorre da receita, aquela que, atualmente, está dando resultado.
Os espanhóis do Barcelona, somados a outros, não menos importantes, compõem o elenco da Seleção da Espanha. Após levar o caneco da Eurocopa, no ano de 2008, em 2010, a seleção espanhola demonstrou toda sua “Fúria”. Apesar de apresentar um futebol até certo ponto “burocrático” para os jogadores que tem, chegou a final, pela primeira vez na história. Satisfatoriamente, venceu a Holanda, e foi a campeã do mundo em 2010. Aliás, essa Copa do Mundo, além de confirmar a supremacia do futebol espanhol, consolidou a ascensão de um craque que há tempos chamava a atenção. De fato, não ocupa páginas inteiras de jornais, como David Villa, por exemplo. Mas sempre soube trabalhar com seriedade e raça: agraciado com o prêmio de Melhor Jogador da Copa do Mundo de 2010, Diego Fórlan, o atacante uruguaio deu um passo largo na carreira, e desponta como um dos principais craques do futebol mundial.
Não posso garantir, portanto, que chegaremos a uma conclusão profética se continuarmos nessa associação de ideias. Apenas a tendências. Mas os fatos mostrados nos deixam claros que não é da noite para o dia que as coisas ocorrem. Passamos muitos e muitos anos em busca da redenção. Fato esse, muitas vezes não entendidos pelos brasileiros, reféns de números e resultados imediatos. Entretanto, o futebol ganhou, com a dedicação, raça e persistência, novos protagonistas. A América é do Uruguai. A europa é do Barcelona. O Mundo é da Espanha. O melhor ser humano dentre todos que jogam é argentino. O Futebol, hoje, "fala" espanhol.
P.S.: Para o leitor mais atento, escrevi “Gambeteando” para me referir ao Messi. Na realidade, a palavra alude aos dribles de Maradonna. Gambetear ficou arraigado ao ideário futebolístico como sendo característico dos dribles do argentino. Gambetear: “Esquivar o corpo para escapar ao golpe do adversário”.
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