sábado, 27 de agosto de 2011

Quando a festa vira guerra...

            A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na última quarta-feira o projeto de lei que prevê a volta da permissão das bandeiras com mastro nos estádios paulistas. Entretanto, apenas torcedores cadastrados poderão levar o objeto para os estádios. A sustentação das bandeiras foi proibida em 1995, porque foi entendido que ela poderia ser usada como instrumento para a briga entre torcidas.
     Palestrinos fazem carnaval nas arquibancadas!
             A festa está de volta! Posso não ter vivido essa época, mas, por imagens, sei como era belo ver inúmeras bandeiras se misturando na arquibancada. Enquanto Rivelino, Djalminha, Raí (cada um em seu tempo) e outros craques desfilavam dentro de campo, o público deixava de ser espectador e passava a participar do espetáculo. Quem pagava o ingresso assistia a um show em dois ambientes: nos gramados e na arquibancada.
             Ah, o futebol paulista sente falta dessa época. Época em que o fanatismo do torcedor era traduzido em alegria, e não em violência. Época em que a ingenuidade prevalecia. Afinal, quem iria imaginar que os mastros das bandeiras, aqueles que eram as estruturas que proporcionavam toda a festa, poderiam servir como arma capaz de proporcionar uma guerra?
Torcida do Corinthians na década de 80. Um show!

            Mas o tempo passou e a ingenuidade acabou. Os campos, que outrora eram passarelas, transformaram-se em campos de batalha. A festa virou guerra. Os torcedores viraram soldados. Ou melhor, viraram bandidos. Assim, visando a segurança da maioria que vai ao estádio para festejar, a polícia proibiu as bandeiras há 16 anos atrás. O espetáculo perdeu o brilho.
            Hoje, os torcedores ganham mais uma chance de mostrar que vão aos estádios para torcer. Parece óbvio, mas não é. Tem “gente” (será que podemos chamar essas pessoas de gente?) que sai de casa já com o intuito de brigar.
O cadastramento de torcedores promove uma esperança. Esperança que nunca acaba. Esperança de que a guerra termine e o que o vencedor seja todos nós. Palmeirenses, corintianos, são paulinos e santistas apaixonados, que vamos ao estádio com um único objetivo: celebrar a maravilha que é o futebol!

Reportagem sobre a violência nos estádios e a briga que provocou a proibição das bandeiras. A pergunta final do repórter é a mesma de hoje: será que enfim teremos paz?

Um comentário:

  1. Oi Renan,

    Parabéns, pela reportagem e esperamos mesmo muita paz,união e respeito mútuo.
    Você disse tudo.
    beijos
    tia Glória

    ResponderExcluir