por Felipe Vaitsman
Traça a estratégia de guerra,
olha nos olhos dos subordinados e vai à luta.
(Foto: botafogo.com.br) |
Assim venceu a primeira batalha
contra o levante realista corintiano em 2005, defendendo o Cianorte. Naquela
ocasião, foi derramado o sangue de guerreiros como Nilmar e Tevez, conhecidos
por matarem sem piedade, com golpes precisos e cruéis. Perdeu a segunda batalha
e, consequentemente, a guerra; mas demonstrou grande capacidade diante da
potência militar paulista.
Foi convidado a encabeçar o
gélido exército paranista. Empunhou a flâmula tricolor – azul, branca e
vermelha –, tal qual a bandeira francesa. Levou seus homens a grandes vitórias.
Sonhou até em conquistar a América. Quis ser, como o general Bonaparte, ambicioso
e ousado, mas as forças de suas tropas não foram páreas para as grandes
esquadras do Brasil.
Teve a oportunidade de se firmar como
grande general. Tomou as rédeas do batalhão palmeirense, mas não foi capaz de
persuadir a nação alviverde. Falhou no sentido de impor o respeito de um “príncipe” maquiavélico. A campanha do Palestra Itália foi um insucesso.
O imperador Napoleão em seus estudos em Tulheiras, de Jaques-Louis David |
Se as semelhanças com Napoleão
eram muitas no início da carreira do general, uma série de derrotas desmistificaram
o promissor comandante. Ele ainda teve a chance de comandar o colossal exército
flamenguista. Mais uma vez, sucumbiu diante das pressões populares.
Decidiu buscar exílio no Japão.
Os ares orientais da terra do sol nascente eram providenciais para Caio Júnior
recuperar o rumo das vitórias. Antes de retornar ao Brasil, ainda liderou o Al
Gharafa em apoteóticas batalhas pelos desertos do Qatar. Ele estava preparado. Era
o momento de voltar.
Voltou. Não para lutar como o
imperador Napoleão Bonaparte, mas como o czar Alexandre I. Se utilizando da técnica russa da “terra
arrasada”, destruiu o terreno de grandes esquadrões que marchavam em direção à
vitória. Um grande general que soube suportar a desconfiança de seu próprio
povo e saiu vitorioso de grandes embates.
Hoje, Caio Júnior vê sua cavalaria
alvinegra tão poderosa quanto às frotas marítimas vascaínas ou ao exército
mercenário são paulino. Em seu último desafio, o general venceu o esquadrão
imortal gremista em pleno Olímpico, campo de batalha tão difícil quanto Waterloo.
É chegado o momento do triunfo
das tropas botafoguenses. Os confrontos se encaminham para seu final. O bom
comandante sabe que não pode vencer todas as batalhas, mas nunca perde a
esperança de sair vitorioso de uma guerra. A estrela solitária é
antinapoleônica e sonha em poder brilhar bem longe da ilha de Santa Helena.
Fezão, sensacional! Só faltou falar que o Caio 'Napoleão' está montado num cavalo paraguaio!
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