sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Estrela antinapoleônica


Traça a estratégia de guerra, olha nos olhos dos subordinados e vai à luta.

(Foto: botafogo.com.br)
Assim venceu a primeira batalha contra o levante realista corintiano em 2005, defendendo o Cianorte. Naquela ocasião, foi derramado o sangue de guerreiros como Nilmar e Tevez, conhecidos por matarem sem piedade, com golpes precisos e cruéis. Perdeu a segunda batalha e, consequentemente, a guerra; mas demonstrou grande capacidade diante da potência militar paulista.

Foi convidado a encabeçar o gélido exército paranista. Empunhou a flâmula tricolor – azul, branca e vermelha –, tal qual a bandeira francesa. Levou seus homens a grandes vitórias. Sonhou até em conquistar a América. Quis ser, como o general Bonaparte, ambicioso e ousado, mas as forças de suas tropas não foram páreas para as grandes esquadras do Brasil.


Teve a oportunidade de se firmar como grande general. Tomou as rédeas do batalhão palmeirense, mas não foi capaz de persuadir a nação alviverde. Falhou no sentido de impor o respeito de um “príncipe” maquiavélico. A campanha do Palestra Itália foi um insucesso.

O imperador Napoleão em seus estudos
em Tulheiras, de Jaques-Louis David
Se as semelhanças com Napoleão eram muitas no início da carreira do general, uma série de derrotas desmistificaram o promissor comandante. Ele ainda teve a chance de comandar o colossal exército flamenguista. Mais uma vez, sucumbiu diante das pressões populares.

Decidiu buscar exílio no Japão. Os ares orientais da terra do sol nascente eram providenciais para Caio Júnior recuperar o rumo das vitórias. Antes de retornar ao Brasil, ainda liderou o Al Gharafa em apoteóticas batalhas pelos desertos do Qatar. Ele estava preparado. Era o momento de voltar.

Voltou. Não para lutar como o imperador Napoleão Bonaparte, mas como o czar Alexandre I.  Se utilizando da técnica russa da “terra arrasada”, destruiu o terreno de grandes esquadrões que marchavam em direção à vitória. Um grande general que soube suportar a desconfiança de seu próprio povo e saiu vitorioso de grandes embates.

Hoje, Caio Júnior vê sua cavalaria alvinegra tão poderosa quanto às frotas marítimas vascaínas ou ao exército mercenário são paulino. Em seu último desafio, o general venceu o esquadrão imortal gremista em pleno Olímpico, campo de batalha tão difícil quanto Waterloo.

É chegado o momento do triunfo das tropas botafoguenses. Os confrontos se encaminham para seu final. O bom comandante sabe que não pode vencer todas as batalhas, mas nunca perde a esperança de sair vitorioso de uma guerra. A estrela solitária é antinapoleônica e sonha em poder brilhar bem longe da ilha de Santa Helena.

Um comentário:

  1. Fezão, sensacional! Só faltou falar que o Caio 'Napoleão' está montado num cavalo paraguaio!

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