quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Das linhas para dentro


A bola conduzida com maestria e velocidade pela mágica canhota de Lionel Messi é o alvo de todas as lentes. O argentino finta, passa por um, dois, três defensores, toca e recebe de volta na cara do gol, para dar um toquinho sutil por cima do goleiro. Flashes, aplausos, um verdadeiro sonho. Apagam-se as luzes do Camp Nou e fim - até ele entrar em campo novamente.

Messi é isso. Consegue ser o centro das atenções do mundo esportivo exclusivamente pelo que faz com a bola nos pés. E faz como ninguém, desprezando firulas ou caprichos. Não pedala, não "chuta o vácuo", não se joga, não enfeita. É objetivo, fatal, total. Claro, é o melhor do mundo.

Longe dos gramados, faz questão de não aparecer, é um sujeito muito reservado, pouco se sabe de sua vida pessoal. Mesmo assim, sua patrocinadora não deixa de lucrar com produtos credenciados e sua imagem não deixa de aparecer em destaque nos veículos esportivos do mundo inteiro.

Messi consegue ser um jogador absolutamente midiático e rentável (não à toa, é o mais bem pago do futebol se somados salário e publicidade) sem um corte de cabelo extravagante, sem se envolver em polêmicas e sem autopromoção. Apenas jogando futebol.

Como se "apenas" fosse uma palavra compatível com a bola que ele joga.


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