por Felipe Altarugio
Jorginho: virtual campeão na Série B
(Foto: Lance!Net)
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Há muito tempo no futebol
brasileiro vemos a repetição de um fenômeno. A repetição de uma repetição, por
assim dizer. Os times trocam de técnico a todo momento, mas os técnicos são
sempre os mesmos.
Cuca, Celso Roth, Muricy, Vágner
Mancini, Joel Santana, Dorival Júnior, Leão, Adilson Batista, Renato Gaúcho,
Luxemburgo... o rodízio de nomes é sempre o mesmo. Será que não há mais
técnicos no Brasil?
O técnico Arturzinho, do
Joinville, que inclusive levou o time ao acesso para a Série B 2012, chegou a criticar a
postura dos dirigentes dos grandes clubes, que buscam sempre os mesmos nomes,
sem arriscar a contratação de ‘revelações’.
Mirem-se, por exemplo, nos casos
dos Jorginhos: campanhas impecáveis à frente de Portuguesa e Figueirense. Gilson
Kleina, técnico da Ponte Preta, tem em seu currículo grandes passagens por
diferentes clubes, porém nenhum desses figura entre os chamados ‘grandes’.
Da mesma forma, Marcelo
Oliveira, com bons trabalhos recentes no Paraná e no Coritiba, também poderia
ser uma aposta válida.
O grande problema é que a cultura
de nosso futebol faz com que contratemos treinadores com prazo de validade bem
estabelecido. Quando um técnico novo chega a um clube no início da temporada,
todos sabem que a sua chance de terminar o ano à frente da mesma equipe é
remotíssima.
Talvez a não-variedade nos nomes
que comandam as equipes de futebol se justifique pelo fato de, ao contratar um
treinador, os dirigentes já se preparam, de certa forma, para a queda do mesmo.
Evitam correr riscos e apostar em técnicos que estejam despontando no cenário
nacional. Isso para evitar críticas da torcida e como forma de tentar se isentar de sua parcela de culpa, caso o trabalho do treinador não dê certo.
Mas a fórmula não tem dado certo.
O que se vê são quase sempre os mesmos treinadores circulando entre os mesmos
times. Ao São Paulo, que buscava um técnico até pouco tempo atrás, não valeria
a aposta em Jorginho, virtual campeão da Série B?
Já está mais que na hora de
variar um pouco.
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