por Lucas Leite
Caro leitor e fã de futebol, aposto meu cargo neste blog que você já perdeu as contas de quantas vezes leu uma notícia começando da seguinte forma: "O atacante Balotelli, do Manchester City, aprontou mais uma". Para a felicidade dos jornalistas e infelicidade dos adversários, as aparições do polêmico atacante na mídia não são poucas, e nem se resumem às quatro linhas.
Mario Barwuah Balotelli é natural de Palermo, na Itália, e filho de imigrantes ganeses. Se por sucesso ou por problemas ainda não sabemos, mas ao 21 anos ele já passou por três clubes. Sua estreia profissional foi aos 15, no A.C. Lumezzane, time da terceira divisão italiana, onde chamou a atenção da Inter de Milão, foi contratado e integrado às categorias de base. Estreou no principal em dezembro de 2007, marcando dois gols em seu segundo jogo. No clube italiano deu indícios de seu temperamento: se envolveu em discussões com José Mourinho e chegou a vestir a camisa do Milan em um programa de televisão.
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| Foto: skysports.com |
Dessa forma não era difícil prever sua saída, que aconteceu em agosto de 2010. Balotelli arrumou as malas e subiu para Manchester, decisão da qual deve ter se orgulhado algumas vezes e se arrependido - muitas - outras. Isso ficou claro em 2011, ano em que foi importante e decisivo inúmeras vezes, mas sem deixar de lado as confusões, dentro e fora de campo.
Em março, entendiado no quarto da concentração, o jogador achou uma boa ideia jogar dardos, mas o fez da sacada do primeiro andar, usando os juvenis do City como alvo. Resultado: multa de 100 mil libras, mas que não foi a primeira. No mesmo mês ele já havia sido multado por uma expulsão precoce e decisiva, aos 35 minutos do jogo contra o Dínamo de Kiev, levando à eliminação na Liga Europa.
Em abril, a confusão foi em uma casa noturna. Mario e seus amigos foram acusados de desrespeitar a regra e tocar nas dançarinas. Expulsos da festa, causaram confusão e enfrentaram os seguranças, que destruíram seu Maserati com uma barra de ferro. As próximas foram dentro de campo e mais leves. Primeiro, ao comemorar uma classificação provocando a torcida adversária - do United, no caso - e segundo, ao proporcionar um lance inusitado: num amistoso, perdeu uma chance clara de gol quando resolveu parar e fazer de calcanhar, sendo substituído logo em seguida.
Mas no mês de outubro ele voltou à ativa, quando resolveu soltar fogos de artifício dentro do banheiro e acabou provocando um incêndio em sua mansão alugada. Expulso da casa, foi morar em um hotel. Ao retornar uma noite para buscar seus eletrodomésticos, foi confundido com um ladrão pelos vizinhos, devendo explicações à polícia mais uma vez.
Em 2012, Super Mario vem mantendo o ritmo. No domingo passado (22), em partida contra o Tottenham, saiu do banco e fez o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo, ainda que, minutos antes, tenha pisado na cabeça do meia Parker, que estava caído no chão. O lance foi ignorado pelo árbitro, mas não pela federação, que o suspendeu em quatro jogos, e nem pela torcida rival, que cobriu seu carro com ovadas.
Estes são apenas alguns episódios polêmicos de sua carreira, dentre muitos. Mas será que sua torcida se importa? Ou ela está mais preocupada com os lances decisivos para o time? Deixando o fair play de lado, quem dera se todos os jogadores que se dizem bonzinhos tivessem a mesma vontade em campo. Em tempos onde tudo deve ser politicamente correto, é bom ver exceções. Mas que fique claro: tudo tem limites, nada de tocar nas dançarinas.
@lucaslbl
Em março, entendiado no quarto da concentração, o jogador achou uma boa ideia jogar dardos, mas o fez da sacada do primeiro andar, usando os juvenis do City como alvo. Resultado: multa de 100 mil libras, mas que não foi a primeira. No mesmo mês ele já havia sido multado por uma expulsão precoce e decisiva, aos 35 minutos do jogo contra o Dínamo de Kiev, levando à eliminação na Liga Europa.
Em abril, a confusão foi em uma casa noturna. Mario e seus amigos foram acusados de desrespeitar a regra e tocar nas dançarinas. Expulsos da festa, causaram confusão e enfrentaram os seguranças, que destruíram seu Maserati com uma barra de ferro. As próximas foram dentro de campo e mais leves. Primeiro, ao comemorar uma classificação provocando a torcida adversária - do United, no caso - e segundo, ao proporcionar um lance inusitado: num amistoso, perdeu uma chance clara de gol quando resolveu parar e fazer de calcanhar, sendo substituído logo em seguida.
Mas no mês de outubro ele voltou à ativa, quando resolveu soltar fogos de artifício dentro do banheiro e acabou provocando um incêndio em sua mansão alugada. Expulso da casa, foi morar em um hotel. Ao retornar uma noite para buscar seus eletrodomésticos, foi confundido com um ladrão pelos vizinhos, devendo explicações à polícia mais uma vez.
Em 2012, Super Mario vem mantendo o ritmo. No domingo passado (22), em partida contra o Tottenham, saiu do banco e fez o gol da vitória aos 49 minutos do segundo tempo, ainda que, minutos antes, tenha pisado na cabeça do meia Parker, que estava caído no chão. O lance foi ignorado pelo árbitro, mas não pela federação, que o suspendeu em quatro jogos, e nem pela torcida rival, que cobriu seu carro com ovadas.
Estes são apenas alguns episódios polêmicos de sua carreira, dentre muitos. Mas será que sua torcida se importa? Ou ela está mais preocupada com os lances decisivos para o time? Deixando o fair play de lado, quem dera se todos os jogadores que se dizem bonzinhos tivessem a mesma vontade em campo. Em tempos onde tudo deve ser politicamente correto, é bom ver exceções. Mas que fique claro: tudo tem limites, nada de tocar nas dançarinas.
@lucaslbl
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