por Gabriel Oliveira
A festa acabou
e a luz apagou?
Eh, José. Abusou!
(Foto: Agência Estado) |
Está com emprego,
está com dinheiro,
oportunidade há demais,
carícias tem sempre mais,
problemas de menos,
e seus atos não são plenos.
Ainda se esconde, José?
Sua brincadeira parece zombaria.
Em sua situação, vontade de outros sumiria?
Você que brinca com o coração,
brinca com a situação,
você que faz versos de desculpas
está ficando sem novas escusas?
Está sem discurso, José!
(Foto: Luiz Maurício Monteiro/UOL) |
Você tem força, não percebe?
Sacrificaram-se para te ter, concebe?
Mas erra, peca, não crê, não vê. Por que, José?
Está desamparado
Não pode beber, fumar não é permitido,
cuspir muito menos,
mas ainda cospe, fuma e bebe?
José, sua imensa capacidade
remete-nos à saudade
de outros idos, quando provou
que a terra conquistou!
(Foto: Paco Serinelli/AFP) |
Mas, José, esconde-se no passado?
Esconde-se no prestígio de seu nome?
José está sem nome
sem prestígio, sem passado!
E agora, José?
A utopia não faz ninguém sobreviver
O ideal impossibilita de manter
Acesa a esperança: tudo acaba, foge, mofa.
Com a chave, só você pode abrir a porta.
Existe porta? Você é o único que a pode conceber!
Sua incoerência, sua gula, sua febre permitem-no, José?
Quer morrer no mar,
mas o mar parece recusar seu cadáver.
Quer ir para o Rio, mas o Rio não o quer.
Se você torcesse,
Se você ajudasse,
Se você vivesse,
Se você jogasse,
Se você mostrasse,
Se você se emocionasse,
Mas você é teimoso, José.
Sozinho, trilhe seu destino
(Foto: Ricardo Nogueira/ Folhapress) |
Na bamba corda de sua vida,
parece-me que além de treinos físicos
necessitas de aulas de um equilibrista.
Não fujas José. Enfrente! Força, José!
(Foto: Adriano Augusto JR/ Agência Estado) |
Mas se queres fugir, José, para onde?
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