por Renan Fantinato
Hoje é dia de contar histórias
aqui do GdL. Contarei dois contos de uma vez só. Os fragmentos em cinza
pertencem à primeira história e os trechos em verde, à segunda:
Dois mil e onze foi um ano de grandes desafios
para o Palmeiras. A equipe iria encarar o Paulistão, a Copa do Brasil, o
Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-americana. O estadual seria o primeiro teste
do ano. A primeira oportunidade de mostrar ao torcedor que o excesso de vontade
poderia superar a falta de qualidade. Porém, o palestrino estava preocupado, pois sabia que o elenco era limitado.
Cinco de fevereiro foi um domingo
de grande desafio para o Palmeiras. A equipe iria encarar o Santos, debaixo do
calor escaldante de Presidente Prudente. Seria o primeiro teste do ano. A
primeira oportunidade de mostrar ao seu torcedor que o Palmeiras estava a
altura de seus rivais. Porém, o palestrino estava preocupado, pois sabia que o elenco
ainda era limitado.
Foto: noticiasrss.com.br |
De fato, as preocupações tinham
fundamento. Apesar de começar bem no Paulistão, o Palmeiras foi eliminado nas
semifinais. Sobrava raça, vontade, correria, mas faltava técnica. E, com o
passar do tempo, os resultados foram piorando ainda mais.
De
fato as preocupações tinham fundamento. Apesar de começar bem na partida, a
equipe praiana rapidamente neutralizou o jogo. Sobrava raça, vontade, correria
(mesmo diante do calor), mas faltava técnica. E, com o passar do tempo, o
Santos foi começando a gostar ainda mais do jogo.
Foto: lancenet |
O
Verdão era muito dependente de Marcos Assunção e de sua bola parada. A jogada
era manjada e até dava certo, mas era muito pouco para um time com a tradição
do Palmeiras. A situação ficou ainda mais complicada quando o meia Valdívia
começou a ter constantes lesões e desfalcava a equipe na maioria das partidas.
As jogadas mais perigosas do
Verdão vinham do pé de Marcos Assunção, com bola parada. A jogada era manjada e
até trazia perigo para a zaga santista, mas era muito pouco para um time que
queria vencer aquele clássico. A situação ficou ainda mais complicada quando o
meia Valdívia começou a sentir dores na coxa e no tornozelo e teve que ser substituído.
De novo? (Foto: Lancenet) |
O segundo semestre não foi muito
diferente para o Palmeiras. Mesmas jogadas, mais decepções: foi eliminado da
Copa do Brasil e da Sul-Americana. Para piorar, o rival Corinthians sagrou-se
campeão brasileiro justamente no dia do derby
paulista. Todos os holofotes voltaram-se para o Alvinegro, deixando o Verdão
como mero coadjuvante daquele clássico.
O
segundo tempo não foi muito diferente para o Palmeiras. Mesmas jogadas, mas
nada de gol: faltava pontaria para os palmeirenses. Para piorar, Neymar abriu o
placar, fazendo seu centésimo gol justamente naquele jogo. Todos os holofotes
voltaram-se para o menino da Vila, deixando o Verdão como mero coadjuvante
daquele clássico.
Até aqui, as
duas histórias são muito semelhantes. Porém, a segunda narrativa não havia
chegado ao final...
Mesmo atrás do
placar, o Verdão não desistiu. Aos 42 do segundo tempo, Ibson foi expulso e o
Palmeiras viu uma luz no fim do túnel. Percebeu que o improvável não era impossível.
Criou esperança de virar o jogo. Inexplicavelmente, a equipe que joga com a
camisa cor-de-esperança virou a partida com dois gols nos últimos minutos. O
que fez com que novas esperanças fossem criadas.
Esperança de
que as coisas mudem. Esperança de devolver o sorriso ao torcedor palestrino.
Esperança de dias melhores. Esperança de títulos. Esperança de colocarem o
Palmeiras no lugar certo. Esperança de recomeçar. Esperança de escrever um novo
capítulo. Um capítulo que tenha um final diferente. Um final feliz.
Foto: uol.com.br |
Uma voz pouco
romântica dentro de mim me obrigou a colocar esse parágrafo adicional: Apesar
da esperança de as coisas mudarem, algumas permanências ainda deixam o torcedor
palmeirense apreensivo. O primeiro gol do Palmeiras saiu de novo de bola
parada. O elenco ainda precisa de reforços. O presidente ainda é o criticado
Tirone. Mesmo assim, a luz da esperança não se apaga
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