segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Final feliz


Hoje é dia de contar histórias aqui do GdL. Contarei dois contos de uma vez só. Os fragmentos em cinza pertencem à primeira história e os trechos em verde, à segunda:


Dois mil e onze foi um ano de grandes desafios para o Palmeiras. A equipe iria encarar o Paulistão, a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-americana. O estadual seria o primeiro teste do ano. A primeira oportunidade de mostrar ao torcedor que o excesso de vontade poderia superar a falta de qualidade. Porém, o palestrino estava preocupado, pois sabia que o elenco era limitado.

Cinco de fevereiro foi um domingo de grande desafio para o Palmeiras. A equipe iria encarar o Santos, debaixo do calor escaldante de Presidente Prudente. Seria o primeiro teste do ano. A primeira oportunidade de mostrar ao seu torcedor que o Palmeiras estava a altura de seus rivais. Porém, o palestrino estava preocupado, pois sabia que o elenco ainda era limitado.

Foto: noticiasrss.com.br


De fato, as preocupações tinham fundamento. Apesar de começar bem no Paulistão, o Palmeiras foi eliminado nas semifinais. Sobrava raça, vontade, correria, mas faltava técnica. E, com o passar do tempo, os resultados foram piorando ainda mais.

De fato as preocupações tinham fundamento. Apesar de começar bem na partida, a equipe praiana rapidamente neutralizou o jogo. Sobrava raça, vontade, correria (mesmo diante do calor), mas faltava técnica. E, com o passar do tempo, o Santos foi começando a gostar ainda mais do jogo.

Foto: lancenet

O Verdão era muito dependente de Marcos Assunção e de sua bola parada. A jogada era manjada e até dava certo, mas era muito pouco para um time com a tradição do Palmeiras. A situação ficou ainda mais complicada quando o meia Valdívia começou a ter constantes lesões e desfalcava a equipe na maioria das partidas.

As jogadas mais perigosas do Verdão vinham do pé de Marcos Assunção, com bola parada. A jogada era manjada e até trazia perigo para a zaga santista, mas era muito pouco para um time que queria vencer aquele clássico. A situação ficou ainda mais complicada quando o meia Valdívia começou a sentir dores na coxa e no tornozelo e teve que ser substituído.

De novo? (Foto: Lancenet)

O segundo semestre não foi muito diferente para o Palmeiras. Mesmas jogadas, mais decepções: foi eliminado da Copa do Brasil e da Sul-Americana. Para piorar, o rival Corinthians sagrou-se campeão brasileiro justamente no dia do derby paulista. Todos os holofotes voltaram-se para o Alvinegro, deixando o Verdão como mero coadjuvante daquele clássico.

O segundo tempo não foi muito diferente para o Palmeiras. Mesmas jogadas, mas nada de gol: faltava pontaria para os palmeirenses. Para piorar, Neymar abriu o placar, fazendo seu centésimo gol justamente naquele jogo. Todos os holofotes voltaram-se para o menino da Vila, deixando o Verdão como mero coadjuvante daquele clássico.


Até aqui, as duas histórias são muito semelhantes. Porém, a segunda narrativa não havia chegado ao final...

Mesmo atrás do placar, o Verdão não desistiu. Aos 42 do segundo tempo, Ibson foi expulso e o Palmeiras viu uma luz no fim do túnel. Percebeu que o improvável não era impossível. Criou esperança de virar o jogo. Inexplicavelmente, a equipe que joga com a camisa cor-de-esperança virou a partida com dois gols nos últimos minutos. O que fez com que novas esperanças fossem criadas.

Esperança de que as coisas mudem. Esperança de devolver o sorriso ao torcedor palestrino. Esperança de dias melhores. Esperança de títulos. Esperança de colocarem o Palmeiras no lugar certo. Esperança de recomeçar. Esperança de escrever um novo capítulo. Um capítulo que tenha um final diferente. Um final feliz.
Foto: uol.com.br

Uma voz pouco romântica dentro de mim me obrigou a colocar esse parágrafo adicional: Apesar da esperança de as coisas mudarem, algumas permanências ainda deixam o torcedor palmeirense apreensivo. O primeiro gol do Palmeiras saiu de novo de bola parada. O elenco ainda precisa de reforços. O presidente ainda é o criticado Tirone. Mesmo assim, a luz da esperança não se apaga

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