quinta-feira, 8 de março de 2012

Faltam 22


Nome: Hernán. Sobrenome: Barcos. Hernán Barcos, simples assim. Conhecido como El Pirata, rejeitou todos os apelidos que tentaram lhe impor no Brasil - como Pedro de Lara e Zé Ramalho. Para ele, futebol é coisa séria, por isso prefere ser lembrado pelos gols. Prometeu ao menos 27 na temporada. Faltam 22.

Foto: Rodrigo Coca / Foto Arena

Barcos tem 27 anos e é natural de Bell Ville, na Argentina, mas nunca defendeu a seleção Alvi Celeste. Cansado de esperar, deu entrada nos papéis da naturalização e espera disputar a Copa de 2014 pelo Equador, onde fez sucesso nas duas últimas temporadas, jogando na LDU.

No dia 17 de janeiro a contratação do atacante foi anunciada pelo Palmeiras, que comprou 70% dos direitos econômicos do jogador por 6,24 milhões de reais. Após um atraso na documentação, sua estreia finalmente aconteceu, na 6ª rodada do Paulista, dia 8 de fevereiro.

Além dele, Artur e Daniel Carvalho começavam suas caminhadas no alviverde. Não foi fácil, mas, com boa atuação dos reforços, o Palmeiras venceu o XV de Piracicaba por 3 a 2. Na rodada seguinte, contra o Ituano, Maikon Leite e Barcos mostraram um entrosamento incomum, e o primeiro gol do argentino não demorou a sair: foi o segundo da vitória por 3 a 0. 

Quanto tempo fazia, torcedor palmeirense, que você não via seu time emplacar três vitórias seguidas com três gols marcados em cada? Pois foi o que aconteceu: vieram o Guaratinguetá, mais um 3 a 2 e mais um gol de Barcos, dessa vez de pênalti, inaugurando seu posto de cobrador oficial.

Após mais uma boa atuação - mas sem gols - no empate em 1 a 1 com o Oeste, veio o clássico contra o São Paulo. Que jogador recém-chegado não sonha fazer gol num jogo como esse? O camisa 29 não só sonhou como fez. Dois. Um golaço e uma bola que sobrou na área, o segundo e o terceiro do jogo, somando quatro pelo Palmeiras.

Nesse momento você faz as contas e percebe que falta um dos cinco gols. Quem estava no estádio ou de frente para a televisão quarta-feira passada certamente sabe qual é, e não vai esquecer tão cedo. Era a 11ª rodada, contra o Linense, e o jogo estava favorável em 1 a 0. O resto você vê no vídeo, porque esse merece.


No jogo seguinte, Barcos já era ídolo. Contra o São Caetano, entrou em campo com o filho aniversariante no colo para dar sorte. Parece que não funcionou: uma atuação apagada dele e de todo o time não evitaram o empate sem gols.

Fase? Sorte? A torcida espera - e eu acredito - que não. Sua média nas últimas temporadas é um fator animador, assim como sua convincente promessa dos 27 gols. Tempo e oportunidades não faltarão, mas por via das dúvidas, é melhor deixar o filho em casa.

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