por Gabriel Oliveira
Foto: AP Photo/ Lee Jin-Man |
Ouve-se ecoando nos corações
alheios a voz solidária, de consistência terna, da comemoração dos jogos
olímpicos. Sinto o festejo alegre daqueles que acompanham, sem regras, etiqueta
ou decoro esportes desconhecidos, apenas para torcer pela imponência de seu
país. Queremos ouvir o nosso hino, a cada conquista, desejamos que nossos
atletas chorem, enrolados à bandeira do país, misturando orgulho da vitória com
um patriotismo desmedido. Enquanto isso,
no Olimpo, pode-se ouvir risadas sarcásticas, divertidas, de quem, bebendo um
vinho, ou brincando de xadrez humano, comemora a ópio sazonal coletivo.
Com as pompas e circunstâncias habituais
somos recebidos pela nação inglesa e suas filiais imediações,
componentes do Reino Unido, para o maior espetáculo esportivo. As mais de 200 nações participantes desfilaram
alegres, pelo Estádio Olímpico de Londres, sob o olhar de bilhões de pessoas. Pedi
permissão aos “chegados” da Rainha para tecer breves considerações sobre o carnaval evento olímpico. Mas antes, por protocolo, devemos cantar God save the Queen
Após saldar a nobre rainha (reverências),
compartilho com vocês o fato que constatei: a Olimpíada é Pop! Está aí para
demonstrar que faz parte da cultura popular ao tornar conhecido e parte integrante
dessa cultura Reis, Príncipes, Plebeus.
Quem não acompanhou o soberbo
Carlos (Nuzman) I e suas inve$tida$ sempre visando ao melhor do seu
reino, não é mesmo? Agora, tem dado as caras na grande mídia “caminhando e
cantando e seguindo a canção” com os brasileiros que, com suor, talvez, garantem-no
mais uns anos no poder, até finalmente ser considerado rei posto rei morto.
Mas também não podemos esquecer-nos
de nossos principezinhos supremos no futebol. Neymar, “o quase-Messi" , Oscar, “o
quase prêmio”, Hulk, “o quase verde” e Cia têm que continuar a longa
Cruzada, em nome de sua nação e da fé, com um plebeu, fétido na liderança:
Mano, um quase irmão. Agora, basta uma vitória olímpica para que os
principezinhos tornem-se reis e o plebeu transforme-se em fidalgo.
A Olimpíada é Pop! Chegou para
popularizar reis e príncipes. God save me!
Enquanto isso, na esfera
feminina, Rainhas dividem-se para manter a coroa, sóbrias, passando despercebidas.
Não se $ustentam com tanto reconhecimento. Apenas com os estímulos de governar
porque realmente gostam. Podem não fazer grandes espetáculos, mas sustentam o
trono. Isso basta!
Rainha, poderia eu, com sua
permissão, continuar com o meu relato?
Foto: Captura da transmissão da BBC |
Sabendo que “Beth” The
Queen não está lá muito atenta, devo ser oportunista. Enquanto todos voltam
suas atenções a Rainhas, Duques, Condes e príncipes adepto de adultério, de
casamento milionário e/ou de peso nulo, poucos consideram a real beleza do
popular: “O Pop não poupa ninguém”.
Beckham esperava ser convocado e
acabou se tornando mestre de cerimônia ou, quem sabe, um agregador de valore$
do evento. Messi sequer pode pôr os pés na Inglaterra com camisa argentina,
afinal a atual campeã não se qualificou para os jogos olímpicos. A seleção de
futebol da Coreia do Norte foi, bisonhamente, apresentada como Coreia do Sul e,
por isso, recusou-se a pelejar (Imagine, leitor, se o Brasil entrasse em campo,
para bilhões de pessoas, levando a
bandeira da Argentina!). A seleção de futebol feminino brasileira é melhor
do que a masculina (pode até ser que a história nessas olimpíadas seja outra.
Mas por enquanto, é inegável). Não ache que a Olimpíada é Pan-Americano: O
Brasil não é potência. Disputamos com China, EUA (com força total) e Alemanha,
e não com Guatemana, Venezuela e Bolívia, apenas.
Poderia ficar mais alguns
parágrafos aqui. Mas esse texto está deveras entediante
Foto: Desconhecido/ Fonte: Redes sociais |
É... “O Pop não poupa ninguém”. Nem
mesmo a rainha. Que dirá esse pseudo-escritor. God save us!
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