domingo, 6 de novembro de 2011

Reforço no meio-campo


Partindo do pressuposto que em time que está ganhando não se mexe, o Palmeiras é um daqueles que tem muito a ser modificado. Desde o dia 22 de setembro, quando derrotou o Ceará pelo placar mínimo, foram sete jogos sem vitória - o maior jejum da “era Felipão”. Talvez por isso ele mesmo tenha sugerido mudanças, o que impressiona, já que no Brasil o primeiro a ser culpado – e não ouvido – é o técnico.

Ao longo do ano, Felipão se envolveu em diversos conflitos com o vice-presidente Roberto Frizzo, responsável pelas decisões do departamento. O desentendimento tornou legítimo o pedido do treinador para nomeação de um gerente de futebol. Ele exigia alguém remunerado, capaz de gerir profissionalmente os assuntos relativos ao time, como as contratações e as saídas. Frizzo discordava, por medo de perder seus poderes, mas o presidente Arnaldo Tirone acabou convencido.

Foto: Edson Lopes Jr. / Terra

O boato surgiu no começo da semana e a confirmação veio na última sexta-feira: César Sampaio foi o nome escolhido para o cargo. Ele retorna ao Palmeiras depois de duas passagens vitoriosas como capitão da equipe, em 1991 e 1999. Ao se aposentar, formou-se em Gestão Esportiva, com passagens por Guaratinguetá, Figueirense e Rio Claro.

Além de cuidar das contratações e fazer o meio-campo entre a diretoria e a comissão, o gerente de futebol conversará com os jogadores para resolver problemas mais específicos, como as recentes novelas de Valdívia e Kléber. Em ambas não havia ninguém com a sensibilidade e a dedicação necessárias – encontradas com mais facilidade em um ex-jogador – e por isso terminaram mal.

César Sampaio é ex-comandado de Felipão, assim como Marcos Galeano, hoje gerente da parte técnica. Os dois prometem resolver – ou ao menos melhorar – a situação do clube. Caso contrário, podem vestir o uniforme e tentar a sorte no verdadeiro meio-campo. Ao menos vontade e identificação sabemos que eles têm, e estes atributos estão em falta no alviverde.

Um comentário:

  1. Senti a vontade de um Raí num cargo como esse pelo SPFC. Assim como senti a vontade de investigar o conflito político dos clubes. realmete promissora a ideia. Se na próxima temporada as coisas derem certo, terá muito a ver com esse e demais ajustes na administração do clube. E que ocorra com outros.

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