Fechados para balanço

A derrota do Santos na final do Mundial de Clubes da Fifa decretou o fim das atividades oficiais dos times brasileiros neste ano. Com as férias do futebol nacional, resta ao torcedor acompanhar os jogos festivos e ficar ligado no mercado da bola, esperando que seu time do coração faça grandes contratações.

O Gol de Letra E.C. aproveita o recesso para fazer um levantamento do Campeonato Brasileiro de 2011. Cada colunista elegeu sua seleção, o melhor técnico, o melhor jogador, o melhor jogo, a revelação e os destaques positivo e negativo da competição. Feitas as escolhas individuais, apuramos os votos e determinamos o balanço coletivo do blog.

A nossa seleção

Antes de votarmos nos jogadores que julgávamos capazes de vestir a camisa com o escudo do GdL, estabelecemos um critério de escolha: deveria ser considerado apenas o desempenho no Brasileirão. Além disso, cada colunista teve a liberdade de decidir a formação tática de sua seleção individual. Na apuração, foram eleitos os mais votados de cada posição, determinando o modelo pelo qual a nossa seleção joga: 4-4-2.

Fernando Prass (Vasco)

O goleiro escolhido por nossa equipe foi Fernando Prass, paredão do Vasco, vice-campeão brasileiro. Ele recebeu sete dos onze votos. Também foram lembrados Jefferson, do Botafogo, com três votos, e Wilson, do Figueirense, com um voto solitário de Léo Zacarin.

Fágner (Vasco)

Houve uma disputa acirrada na eleição do lateral direito. Cicinho, do Palmeiras, e Fágner, do Vasco, receberam cinco votos cada. O critério de desempate foi a campanha de seus times no campeonato, o que definiu o ala cruzmaltino como titular de nossa seleção. Mário Fernandes recebeu um voto de Amanda Melo.

Leandro Castán (Corinthians)

Na escolha dos zagueiros, uma unanimidade. O xerifão vascaíno Dedé foi votado por todos os colunistas. Para fazer dupla com ele, Leandro Castán, do campeão Corinthians, recebeu cinco votos, seguido de perto por Roger Carvalho, do Figueirense, com quatro. Réver, do Atlético Mineiro, e Paulo André, do Corinthians, ficaram com um voto cada.

Juninho (Figueirense)

Para a lateral esquerda, Juninho, do Figueirense, foi contemplado com a titularidade; teve cinco de onze votos. Quem também pode se sentir lisonjeado é Bruno Cortês, do Botafogo, que recebeu quatro e chegou bem perto de integrar nossa seleção. Kléber, do Internacional, foi votado duas vezes.

Paulinho e Ralf (Corinthians)

Sabe-se que um dos grandes méritos do Corinthians na conquista do campeonato foi sua excelente dupla de volantes. Ralf e Paulinho foram convocados para vestir nossa camisa, recebendo dez e oito votos, respectivamente. O único colunista que não escolheu pelo menos um dos dois corintianos para integrar a sua seleção foi Lucas Leite, que votou em Arouca, do Santos, e Marcos Assunção, do Palmeiras.

Montillo (Cruzeiro)

Diego Souza (Vasco)

Na votação dos meio-campistas, sete jogadores receberam votos. Oito deles foram dedicados a Montillo, do Cruzeiro, que pode se orgulhar de vestir a camisa dez do Gol de Letra. O segundo mais votado foi Diego Souza, do Vasco, com cinco, também titular do nosso time. Os outros citados foram Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves (Flamengo), Felipe (Vasco), Lucas (São Paulo) e Wellington Nem (Figueirense).

Fred (Fluminense)

A linha de frente da nossa seleção é representada por Neymar, do Santos, e Fred, do Fluminense. O craque da Vila Belmiro teve nove votos e o artilheiro tricolor, seis. Quem ficou na cola dessa dupla foi Leandro Damião, do Internacional, com quatro votos. O santista Borges, artilheiro do campeonato, também teve seus gols reconhecidos, assim como Liédson, campeão junto ao Corinthians. O colunista Felipe Altarugio ainda lembrou Dagoberto, que figurou grandes atuações pelo São Paulo.

Jorginho (Figueirense)

Com a seleção formada, precisávamos de um grande comandante. O campeão Tite foi cogitado – recebeu quatro votos –, mas decidimos contratar Jorginho, do Figueirense. O treinador teve seis votos e tomou a frente da equipe. Wagner Alves não nos deixou esquecer Ricardo Gomes, que treinou o Vasco durante o primeiro turno (até sofrer um acidente vascular encefálico) e merece uma menção honrosa. Marcelo Oliveira, do Coritiba, também foi votado.

Ao final da apuração, a seleção do Gol de Letra ficou representada por Fernando Prass; Fágner, Dedé, Leandro Castán e Juninho; Ralf, Paulinho, Diego Souza e Montillo; Neymar e Fred. O técnico é Jorginho.

Craque e revelação do Brasileirão

Neymar (Santos)

Na escolha do melhor jogador do campeonato, o agraciado foi o santista Neymar, que teve cinco votos. Atrás dele, Paulinho, do Timão, com três. Seu parceiro Ralf também esteve entre os melhores, com um voto. Para João Jacetti, o grande nome do campeonato foi Dedé, do Vasco. Já para Maria Tebet, ninguém foi melhor que Fred, do Fluminense.

Dedé (Vasco)

O jogador eleito revelação do campeonato foi o zagueiro vascaíno Dedé, com cinco votos. Wellington Nem, do Figueirense, recebeu três. Felipe Vaitsman votou em Edenílson, campeão brasileiro e “décimo segundo jogador” do Corinthians. Também foram votados Lucas, do São Paulo, e Leandro Damião, do Internacional.

Jogaço

Foi unânime a escolha do melhor jogo do campeonato. Todos os colunistas votaram em Santos 4 x 5 Flamengo, representado brilhantemente na crônica Eu vi! de Gabriel Oliveira, dividida em três capítulos: O preâmbulo de um espetáculo, O início da Guerra e A batalha da decisão.

Destaques

O Campeonato Brasileiro de 2011 teve diversos pontos altos. O colunista Gabriel Hirabahasi destacou a campanha do Figueirense como uma surpresa muito positiva e teve sua opinião endossada por mais seis votos para o clube de Santa Catarina. Além disso, foi ressaltada a importância da volta de craques como Ronaldinho Gaúcho, Elano e Adriano para o futebol nacional. E quando se fala de Brasileirão, é impossível deixar de lado a competitividade. Tivemos emoção até a última rodada, tanto na parte de cima quanto na parte de baixo da tabela.

Como nem tudo são flores, existem também destaques negativos. Renan Fantinato ficou decepcionado com a campanha dos times mineiros e teve o apoio da maioria dos colunistas. A briga do Cruzeiro contra o rebaixamento foi o aspecto negativo mais votado. Além disso, comentaram sobre a instabilidade dos técnicos, a má administração de alguns clubes e a péssima arbitragem em muitos jogos do campeonato.

Que os problemas e dificuldades sirvam de aprendizado para a próxima edição do Brasileirão. Temos o melhor campeonato do mundo, que se comprova desde a variedade dos jogadores votados para a seleção do GdL até a briga acirrada pelo título, do início ao fim, destacada por nossos colunistas.

Qual é o seu balanço do Campeonato Brasileiro de 2011? O que espera para a próxima edição? O Gol de Letra E.C. quer a sua opinião. Comente!