Ganso: uma das peças essenciais para o Santos voltar a brilhar |
O que acontece com o Santos? Isso é o que muitos se perguntam. O time que foi campeão da taça Libertadores. O time dos dois maiores astros do futebol brasileiro atualmente (Neymar e Ganso). O time do tetracampeão brasileiro Muricy Ramalho. O “melhor time do Brasil”.
O que acontece que esse time não consegue engrenar no Campeonato Brasileiro. Três peças do elenco já deram tchau ao time.O lateral Jonathan foi negociado com a Inter de Milão, enquanto os reservas Alex Sandro e Alan Patrick, atualmente na seleção brasileira sub-20, foram negociados com clubes do exterior e estão fora do Peixe. Outro que está na seleção, mas que deve reforçar o time da Vila, é o lateral-direito/volante Danilo, peça muito importante na conquista do título da Libertadores.
No entanto, o clube trouxe reforços, como o meia Ibson e o atacante Alan Kardec. O primeiro é titular da equipe, e forma meio campo com Arouca, Elano e Ganso. Um “baita meio-campo”, como diria algum comentarista. No entanto, a combinação não vem dando muito certo.
Na primeira partida com a volta do trio que estava com a seleção brasileira (Neymar, Ganso, Elano), o alvinegro praiano perdeu para o Flamengo de virada. Após ter vantagem de 3 a 0, o Santos permitiu a reação do Mengão, que empatou. O Santos ainda fez o quarto, mas tomou a virada (pra quem não leu ainda, vale a pena ler o artigo feito sobre a partida “Eu vi”,dividido nos capítulos 1, 2 e 3, por Gabriel Oliveira).
Na segunda partida, um duelo mais fácil: confronto com o Atlético-PR na Arena da Baixada. O time paranaense era o lanterna da competição, e essa deveria ser uma disputa fácil. Engana-se quem achou isso. O Atlético foi pra cima, e ganhou do Santos por 3 a 2.
Acendem-se as primeiras luzes vermelhas de preocupação, mas nada de tão grave. Até que o Santos perca novamente para o Vasco, por 2 a zero, com gols de Diego Souza e Dedé. Afinal, o que há de errado com time?
A base não é muito diferente da base da Libertadores: a diferença é a saída de Jonathan para a entrada de Pará (o que realmente é uma mudança brusca de qualidade, mas que não poderia fazer com que o time caísse tanto de produção), a saída de Adriano, que atuava como um volante de marcação, para a entrada de Ibson, uma espécie de segundo volante no esquema de Muricy. Com isso, Arouca foi recuado para a posição de primeiro volante, e a saída de Zé Love para a entrada de Borges (o que pode ser encarado pela torcida santista como um belo de um avanço).
A motivação é algo que realmente deve estar diminuída: afinal, o time é campeão continental, e deve estar pensando já no Mundial de Clubes, no encontro entre Messi e cia. e o alvinegro praiano. Para isso, o clube já se planeja para manter Neymar e Ganso ao menos até o fim no ano para fazer bonito no Mundial.
Principal jogador na Libertadores, Neymar vem encontrando dificuldades no Brasileirão. |
Afinal, será que falta marcação, uma das características mais fortes dos times de Muricy? Será que falta motivação para o time da Vila engranar no Brasileirão? Será que falta mais peças decisivas? É difícil de se dizer. Mas algo que é de extrema importância para que o Santos volte a brilhar é uma maior participação de Paulo Henrique Ganso na armação de jogadas. Desde que voltou da contusão que teve, o meia não teve atuações dignas de Paulo Henrique Ganso versão 2010, quando o Peixe foi campeão Paulista e da Copa do Brasil. Esse ano, na Libertadores, quando Ganso não jogava, ou quando jogava mal, geralmente Neymar carregava o time nas costas, teve belíssimas atuações durante a competição sul-americana. Agora no Campeonato Brasileiro, Neymar vem sendo muito bem marcado, e para que o Santos saia da incômoda 18ª posição, Paulo Henrique precisa se movimentar mais no campo, dar mais opção de toque, arriscar mais dribles e chutes, ou seja, ser mais decisivo para o Peixe, como de fato foi, por exemplo, na conquista do Paulista de 2010 (basta lembrar-se da final em que o meia jogou muito bem, e mostrou do que é capaz)
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